Na última quinta-feira (05), foi realizado no auditório da Escola de Economia de São Paulo (EESP), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o debate com o tema “Indicadores de água e esgoto”. O principal assunto abordado foi o Sistema Nacional de Indicadores sobre Saneamento (SNIS), criado pela Secretaria Nacional de Saneamento (SNS), pertencente ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR). O SNIS consiste no maior e mais importante sistema de informações do setor de saneamento básico do Brasil, que contém informações e dados sobre a prestação de serviços de água e esgoto no país.
Estiveram presentes especialistas e formadores de opinião da área, como o superintendente de Assuntos Regulatórios Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Marcel Costa Sanches; o especialista em controle de perdas, Airton Gomes; a assessora da Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização de Saneamento Básico na Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), Maria Cecília Zanetti Silva; o coordenador da Câmara Temática de Comunicação da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), Dante Ragazzi Pauli; e o presidente Executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos.
Para o coordenador de Indicadores da Câmara Técnica de Saneamento da Associação Brasileira das Agências de Regulação (Abar), Samuel Alves Barbi Costa, a realização de um evento como esse é de suma importância da realização de um debate para a análise desses indicadores. “O objetivo é trazer todas essas entidades participantes para uma discussão que a gente possa chegar em um denominador comum, e apresentar propostas concretas para a melhoria do SNIS, de uma forma que possamos envolver tanto o âmbito público quanto privado em melhorias para a sociedade”.
Samuel ressaltou também que, a discussão das potencialidades quanto as fragilidades do SNIS é fundamental. “A relevância do tema está na necessidade de que as informações do setor apresentem mais qualidade, porque essas carecem muito de confiança e exatidão, e ao discutir os aprimoramentos, tanto em relação das informações quanto aos indicadores que compõem o SNIS, ganhamos em potencial de formulação de política pública e monitoramento da efetividade dessas políticas públicas”.
O coordenador ainda falou sobre a participação das agências reguladoras e as perspectivas futuras em relação ao SNIS. “Nós desejamos a universalização do saneamento, e isso só será possível se conseguirmos diagnosticar corretamente os problemas, e por meio das informações que conseguimos, podemos monitorar as políticas públicas para a conclusão desse objetivo quem também só pode ser feito com informações confiáveis, de qualidade, exatas e precisas, e isso só pode ser efetuado com a participação de todas as entidades”.
Samuel Barbi é um dos idealizadores da metodologia Acertar.